segunda-feira, junho 07, 2010

O que Sêneca e Nenê Beiçola tem em comum?

"Há pessoas que não param de se atormentar com lembranças das coisas passadas; outras se afligem pelos males que virão. É tudo absurdo, pois o que já aconteceu não nos afeta e o futuro ainda não nos toca... Devemos contar cada dia como uma vida separada."

Você conhece filosofia? Conhece? Vamos engrossar o caldo então: Você conhece filosofia grega?? Não?! De boa, eu também não. Muito cabeça pra mim. Só conheço um tal de Sêneca*. Um camarada lá das antigas, que diz umas coisas que fazem total sentido, tipo essa frase aí em cima. Nem lembro como conheci o brow, mas o que interessa é que lá atrás, poucos anos depois de Cristo, o velho "Senê" já tava ligado que não adianta sofrer por antecipação e nem ficar remoendo o passado. Um outro filósofo mais moderno, (esse de boteco) chamado Nenê Beiçola**, já dizia do alto do seu copo nadir figueiredo cheio de caninha cavalinho as singelas palavras: "Merdas cagadas jamais voltam ao cú!"

No fundo, ambos querem dizer a mesma coisa. Tanto o velho Sêneca, quanto o moderno Beiçola já sabiam: O ser humano tem uma enorme capacidade de ficar tentando viver o momento errado. A hora errada. Querendo aquilo que não aconteceu, ou então tentando consertar o passado. Não rola. Hoje isso ficou bem claro pra mim.

Que possamos aprender com os filósofos, sejam da Grécia, sejam de boteco.

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Essas palavras de Sêneca demonstram a confiança na razão como guia para o comportamento moral - tão característica da filosofia estóica. As obras de Sêneca tiveram grande influência na filosofia e na literatura posterior.

Lucius Annaeus Seneca era filho de um grande orador - Annaeus Seneca, o Velho - e foi educado em Roma, onde estudou retórica e filosofia. Tornou-se famoso como advogado. Foi membro do senado romano e posteriormente nomeado questor, magistrado da justiça criminal.

Sêneca despertou a inveja do imperador Calígula, que tentou assassiná-lo. Em 41 d.C., envolveu-se num processo por suas relações com Julia Livila, uma sobrinha do imperador Cláudio. Acusado de adultério, foi exilado e partiu para a Córsega, onde viveu até 49 d.C.

Durante esse período, escreveu suas famosas "consolações", textos dirigidos a um interlocutor com o propósito de confortar. Na "Consolação a Márcia", dirige-se a uma mulher que acabou de perder um filho, tecendo considerações sobre a inconstância da sorte e a fragilidade da vida humana. Em "Consolação a Hélvia", dirige-se à própria mãe, consolando-a pelo sofrimento de ver seu filho no exílio.

Em 49 d.C., Messalina foi condenada à morte. O imperador Cláudio casou-se com Agripina, que convidou Sêneca para assumir a educação de seu filho Nero.

Nero tornou-se imperador em 54 d.C. e Sêneca assumiu as funções de conselheiro até 62 d.C. Em Roma, Sêneca redigiu dois de seus tratados, "Sobre a Brevidade da Vida" e "Sobre o ócio".

Afastado da vida pública, sofreu perseguição do imperador Nero. Foi acusado de participar da Conspiração de Piso, que teria planejado o assassinato de Nero, e condenado ao suicídio.

Em 65 d.C., Sêneca cortou os pulsos, na presença de amigos, no que foi seguido por sua esposa, Pompéia Paulina.

** Nenê Beiçola não existe. É um personagem criado para ser o autor das frases que eu não teria coragem de dizer que fui que criei, mas bem que ele poderia ser real...

Um comentário:

tatizanon disse...

Ainda não consegui parar de rir! Hahahaha... A filosofia do Beiçola é a melhor de todas!

Salve Beiçola!! :)