Quando se fala de filmes anos 80, muitos lembram de "Curtindo a Vida Adoidado", "Porks", "Sem Licença para Dirigir", a trilogia "De Volta Para o Futuro", etc. São filmes clássicos, mas pra mim, sem dúvida, o melhor filme 80's é "O Clube do Cinco" (The Breakfast Club). Apesar de ser do mesmo diretor de "Curtindo...", John Hughes - que fez mais comédias, este é um filme que mistura um pouco de drama.
A história é simples: Mostra um dia na vida de cinco adolescentes que, por terem se comportado mal na escola, ficam detidos um sábado inteiro e tendo que redigir um longo texto, com mais de mil palavras, sobre o que eles pensam sobre si mesmos. Apesar de muito diferentes, eles acabam se conhecendo melhor e dividindo seus dramas pessoais. São cinco exemplos que ilustram bem os adolescentes, com seus medos, suas dúvidas e suas tentativas se serem o que não são. Impossível não se identificar com um deles.
"A princesa" - Claire - A popular, patricinha-mimada, arrogante e esnobe. No desenvolvimento vemos que ela sofre, pois os pais não se importam com ela, e a manipulam para transformá-la em objeto de separação. Descobrimos uma menina insegura, que sofre pressão dos amigos para ser algo que não é, e que quando se sente confortável, pode ser bem gentil e honesta.
"O Esportista (Sporto)" - Andrew - Também faz parte do grupo dos Populares, participa de equipe de luta. A princípio parece controlador e certinho, mas vamos descobrindo que nem tudo vai indo tão bem em sua vida, é pressionado a participar da equipe de luta pelo pai, mesmo não sabendo se é isso que quer, tem dificuldade de pensar por ele mesmo, não se conhece. Mas é também leal, companheiro e doce.
"O cérebro" - Brian - O típico CDF, considerado por todos "não-problemático", afinal, provavelmente terá um futuro brilhante, o sonho de todos os pais, tímido e facilmente coagido. Na realidade, ser o gênio também é uma grande pressão e Brian não soube lidar com uma nota baixa que recebeu, tendo seu surto total. Descobrimos que ele tem um excelente senso de humor, e sabe ser irônico, sem que ninguém perceba. É também muito sensível.
"O rebelde" - Bender - Rebelde sem causa? Revoltado? Politicamente incorreto, Bender é um ponto de interrogação, a princípio. Como arma de auto-defesa ele ataca os outros, e quando provocado descobrimos uma vítima de maus tratos do pai, sofrido, porém corajoso e protetor, fica claro que quanto mais ele ataca, mas a pessoa o incomoda. Ou porque ele gosta, ou porque é alguém que ele gostaria de ser.
"A estranha" - Allison - Quando aquela garota queinguém vê, que todos ignoram aparece a indiferença permanece, então, Allison começa a ter algumas atitudes imprevisíveis, e acaba pegando todos de surpresa. Na realidade, é uma garota solidária, mas triste, abalada por nunca provocar nada em seus pais e nem no colégio.
Uma das cenas clássicas do filme.
E pra completar, a trilha sonora: Dont You Forget About Me - gravada pela banda escocesa Simple Minds - essa música só toca no finalzinho do filme, mas marca.
Esse single foi composto em 1985. Seus compositores foram o produtor musical Keith Forsey (que ganhou um Oscar por "Flashdance... What a Feeling") e Steve Schiff (guitarrista de punk rock, que fez parte da banda de Nina Hagen).
Forsey teria pedido a Bryan Ferry e Billy Idol que gravassem a canção, porém ambos se recusaram; Idol posteriormente gravaria uma cover em sua compilação de grandes sucessos, lançada em 2001. Com a recusa de ambos, no entanto, Schiff sugeriu que Forsey pedisse ao Simple Minds, que inicialmente recusou, porém depois veio a aceitar, após serem encorajados pela sua gravadora.
De acordo com um dos relatos da época, a banda "rearranjou e regravou 'Don’t You (Forget About Me)' em três horas, num estúdio e logo em seguida esqueceu-a."
Inesperadamente, a faixa viria a se tornar a sua canção mais famosa, considerada por muitos como uma das canções que ajudaram a definir a década de 80.
A música permaneceu nas paradas de sucesso de 85 a 87, um dos maiores períodos de qualquer single na história das paradas daquele país.
Apesar deste sucesso, a banda continuou a tratar com algum desdém a canção; o exemplo mais óbvio foi a sua ausência do álbum seguinte da banda, Once Upon a Time. A canção só veio a ser lançada na coletânea Glittering Prize 81/92 de 1992.
Ah... e tudo isso porque o Simple Minds vai tocar em São Paulo no dia 17 de Agosto... bateu o saudosismo.
Fontes: Wikipédia, Shvoong
2 comentários:
Você conseguiu o DVD do filme por fim?!
A resenha do filme ficou muito legal!
Bjos!
Pior que não ainda... tô me contentando com outros. Hoje é dia da Trilogia do Jason Bourne: A identidade, a supremacia e o ultimato!
Postar um comentário