Objetivo cumprido. Se a idéia era apagar a má impressão do show de 99, foi feito com louvor.
Creio que tudo contribuiu. O som estava melhor, mais alto e mais claro. O lugar era maior e a acústica de um estádio de futebol tem seus méritos. Duramente castigada pelas chuvas nos últimos dias, milagrosamente não choveu nesta noite e o Metallica fez a o que lhe era esperado.
Após tentar vender dois ingressos que estavam sobrando, entramos no estádio do Morumbi por volta das 20horas. O Sepultura e o vocalista monstro Dereck já estavam no palco fazendo todo o barulho que tinham direito. Nunca fui fã de Sepultura, gosto de um par de músicas dos caras e só.
O que eu esperava do Metallica? Clássicos, peso nas músicas e pouco espetáculo visual. Me surpreendi na parte do visual. Os caras tinham três telões, dois laterais e um no fundo do palco. E este último era de grande tamanho e definição. Dava pra acompanhar a movimentação dos caras com tranquilidade, até porque a pista estava lotada e a movimentação era bem reduzida. Somente quando uma ou outra roda de headbangers mais afoitos explodia, um espaço aqui e ali aparecia. No geral, o gramado do Morumbi estava completamente tomado.
Os caras começaram o show muito bem, com Creeping Death. Logo em seguida veio For Whom the Bell Tolls e The Four Horsemen. Boa trinca, apesar de eu achar que For Whom... é uma música muito poderosa pra ser gasta assim logo de cara. Mas os caras tinham outras cartas na manga. Não vou falar de cada uma das músicas, tem um monte de reviews no www.whiplash.net, mas não dá pra deixar de comentar que ver os caras tocando "Fade To Black", "One", "Master of Puppets" e "Stone Cold Crazy" é absurdamente bom pra quem gosta de rocknroll. One teve telão em preto e branco, junto com explosões no palco e chamas ao redor. Até "Enter Sadman", que muita gente torce o nariz por ser do disco "comercial" do Metallica, tem um efeito absurdo nas pessoas. Nas suas principais viradadas, essa música teve fogos de artifício saudando o público. 30 mil pessoas cantando um refrão, fazendo tanto barulho que era quase impossível ouvir o próprio James Hetfield.
Aliás, o vocalista do Metallica parecia contente com o que via. Em diversos momentos interagia com o público perguntando se estávamos sentindo a energia da noite. Entrou pro clube daqueles que dizem que as platéias brasileiras são as que mais participam, dedicou música aos brother do Sepultura, etc.
Na última música, "Seek and Destroy" já no bis, James Hetfield perguntou porque as pessoas queriam ouvir aquela música, porque gritavam o nome daquela música. "-Deve ser porque ela é de poucas palavras, uma letra fácil". Seja como for, ele pediu para acenderem as luzes do estádio e então, a banda pode ver o Morumbi lotado cantando cada parte da música. Fim do show, jogaram muitas palhetas, muitas baquetas, cobriram a bateria com a bandeira nacional e cada um foi ao microfone dizer suas palavaras de agradecimento. O baterista Lars Ulrich, fundador da banda e conhecido por não ser de muitas palavras, disse algo como:
"-Prometo que não iremos demorar mais 11 anos pra voltar!!"
A bom rocknroll agradece!
PS. O vocalista James Hetfiled não é a cara do Mano Menezes, técnico do Corinthians????
Abaixo, vídeos amadores
Enter Sadman
Fade to black
Master of Puppets
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