Existem dias em que acordo pela manhã com a certeza de que tudo é bom. O dia promete! Tudo aquilo que poderia me incomodar é pequeno demais comparado à oportunidade de um novo dia que começa.
Tenho a possibilidade de escolher qual será minha reação (positiva, obviamente) perante as situações que virão, e desta forma, imprimir um brilho extra a tudo que está a minha volta. Tenho consciência total e absoluta de minhas vontades, somente respostas habitam o meu interior.
Olho ao meu redor e me considero um privilegiado em todos os sentidos. Tenho amigos, amores, irmãos, qualidades, responsabilidades, idéias, recursos, possibilidades... um mundo inteiro de coisas boas. Minhas ambições existem, mas são do tamanho exato de minhas capacidades. Logo, estão ali, a poucos centímetros de serem realizadas, me levando ao meu Universo Feliz e Confortável, onde tudo posso e tudo consigo.
Nestes dias sou simpático, atencioso, bem humorado, educado, solícito, melhor a cada minuto que passa. Tudo isso da forma mais espontânea possível. O mundo é meu! Estou no meu melhor estado de espírito, no meu Nirvana particular e praticamente nada me tira dele
Existem dias em que não acordo pela manhã... são dias nos quais eu não consigo dormir. São noites que passo acordado pensando em mazelas. Ocasiões onde questiono se sou forte o suficiente para levar tudo adiante, ou se tive sorte até agora.
Ocasiões nas quais, internamente, um turbilhão de dúvidas, receios e anseios me consome a ponto de impactar no meu estado físico. E então, me auto flagelo, por olhar ao meu redor e sentir a necessidade de me considerar um privilegiado diante de tantos pobres-diabos espalhados.
Tenho amigos, amores, irmãos, qualidades, responsabilidades, idéias, recursos, possibilidades... mas me parece que tudo isso está longe do meu alcance espiritual. Não tenho ambições, pois a possibilidade de me decepcionar bloqueia a pretensão. Sinto-me cansado, sem forças, sem vontade, sem tempo. Meu Universo não existe... vivo o minuto exato, sem me importar com o próximo.
Nestes dias sou simpático, atencioso, bem humorado (me esforçando para), educado, solícito. Tudo isso da forma mais externa possível, pois aqueles com quem me relaciono não devem pagar pelos meus débitos internos. Estou no meu inferno particular, e posso demorar a sair dele.
Qual a diferença entre esses dois dias? Na maior parte das vezes, somente a data no calendário. O restante continua da mesma forma, mas às vezes eu vivo um e às vezes vivo outro.
Creio que preciso dos dois momentos. Dos extremos, para saber o valor de um e de outro, para ter critérios, para aprender e crescer.
Basicamente, a diferença está na forma como eu enxergo o dia... a escolha é toda minha!
Não sou a Madre Tereza, tampouco Adolf Hitler
Não sou depressivo, tampouco Pollyana
Não sou imbatível, tampouco frágil.
Não há mal que sempre dure, nem felicidade eterna.
5 comentários:
Se você fosse mulher eu diria que esses extremos é sintoma típico de TPM. Rs...
O mais difícil entre a razão e a piração é saber qual o melhor caminho seguir naquele momento. Outro dia li que pensar demais faz mal e às vezes me convenço que isso é um fato. Se pensássemos menos viveríamos mais.
By the way, só um lembrete "é um Jurassic Park melhorado". Hahahaha... :D
Bjos!
Rsrs... Eu não tenho TPM.. no máximo eu tenhp TPH - Tensão Pré Hipoglicemia.. a irritação deve ser próxima..rs
O fato é que a gente quer acertar sempre. E se numa dessas, entre a piração e a razão, a gente escolher o caminho errado?? Será que o mundo acaba? Provavelmente não...
Outra do sábio Nenê Beiçola:
"A ignorância é uma dádiva... quanto menos sei, menos me preocupo"
Você ACABOU com toda um novo tempo do cinema mundial! Chutou o balde, o pau da barraca, os campistas, o lampião, o camping inteiro!
Beijos!
É, já pude experimentar um momento TPH! Humorzinho ácido, mas que eu acho engraçado. Hehehe...
Esse lance de caminho certo e errado é algo complexo. Se uma escolha dá o resultado esperado, dizemos que o caminho certo foi escolhido. Agora se o resultado não correspondeu às expectativas, daí julgamos dizer que foi uma escolha errada. Diz o velho ditado que é errando que se aprende. Não é fácil achar o lado bom do caminho "errado", mas às vezes é a forma que a vida nos dá pra entender certas coisas.
E quanto ao filme... ahhhh, foi uma crítica realista! Hahaha... Vai dizer que não tem um "quê" de fato no meu comentário? Rs...
Beijos! :)
Na boa... nem eu me aguento com irritação de hipoglicemia.. pusta cara chato!
E ainda no assunto de escolhas certas e erradas, perguntas e respostas, o filósofo de buteco, Nenê Beiçola diria:
" Se fosse tudo certo e previsto, malandro nascia com manual de instruções... "
Tô esperando seu post sobre o "Jurassic Park melhorado".
bjs
De onde você tira toda essa filosofia profunda do Sr. Nenê Beiçola? Rs...
O post sobre o Jurassic Park virá em breve!
Cuidado com o relógio amanhã. Rs...
Bjos!
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