quarta-feira, outubro 20, 2010

iPad?


O assunto já tem tempo, mas ainda faz barulho no mercado.

Steve Jobs realmente é o cara. Mais uma vez ele sacode o mercado com um grande lançamento de sua empresa. No início, todos se perguntaram se o iPad seria um sucesso, mesmo sem saber direito pra que ele servia e bumba: mais de 4 milhões de unidades vendidas em pouco mais de 6 meses. Já é o gadget mais vendido do mundo. Mesmo com todas as críticas que sofreu e sofre até agora.


Eu sou fã da Apple há alguns anos, mas até então só tinha contato com iPods. Já tive uns 4 ou 5, sempre aumentando a capacidade (sim, eu gosto da idéia de ter toda a minha coleção musical dentro do meu bolso). Só mordi a maçã pra valer quando resolvi comprar um iMac, o desktop da Apple, há um ano. Não tenho iPhone porque a empresa me fornece um Blackberry e a idéia de carregar dois telefones me apavora. iPad? Segurei a onda, mas aproveitando os preços lá fora e o dólar baixo, “importei” um através de um amigo. Até escrevi aqui (http://migre.me/1DUDu) Mas pra que raios serve o iPad? É um iPhone de Itu? Não ter câmera faz tanta falta assim? E a entrada USB? Vamos por partes:

O que é o iPad?

Muito se falou e se fala sobre isso. Uma das melhores e mais simples definições que eu ouvi/li (não me lembro a fonte) é que as pessoas costumam comprar computadores para trabalhar e às vezes conseguem se divertir nele. O iPad é um computador que você compra para se divertir, mas se quiser, pode trabalhar nele. Apesar de poder produzir praticamente qualquer tipo de conteúdo (texto, música, vídeos, etc) o iPad é um aparelho mais focado para o consumo de conteúdo. A grande parte das pessoas compra computadores com memórias de vários gigabytes, grandes discos rígidos e processamento super-ultra-quad-core-alguma coisa por preços razoáveis (cara, eu lembro quando tínhamos reserva de mercado em informática!). E usam essa supermáquina para quê? Para projetar foguetes com destino a Marte? Não! Para usar Orkut, Facebook, MSN, ver photos, ouvir música, checar emails, acessar o UOL e vez ou outra, digitar um texto no Word. Sem problemas quanto a isso, mas existia aí uma área a ser explorada não?

Alguém percebeu e disse: "-Humm... vamos criar o Netbook". Um Notebook menor em todos os sentidos, somente para esses usos rápidos e corriqueiros da maior parte das pessoas. Pumba! Nova febre no mercado! Todos os fabricantes de computadores foram na onda. Menos um... adivinha qual?



O Netbook é um bom produto, sem dúvida. Mas ainda faltava alguma coisa.. ou sobrava. O Netbook ainda é um computador na sua forma básica com teclado físico, display, carga de sistema operacional – mesmo que mais rapidamente – e certa portabilidade. E aí, Steve Jobs veio com ele: iPad. Um produto desenhado não para concorrer com Netbooks, mas para criar um novo mercado, como a Apple está acostumada a fazer. Já foi dito que o iPad não substitui o notebook e é verdade. Talvez, se olharmos capacidade de processamento o iPad possa ficar em desvantagem, mas esse não é e nem será o foco dele. Tem um algo a mais. A começar pela forma pela qual você interage com o aparelho. Não há como negar que o iPad é muito mais portável do que um Netbook. Telas sensíveis ao toque já existem há muito tempo, mas não da forma como a Apple apresentou ao mercado. O iPad, como a maioria dos produtos da Apple é totalmente intuitivo. Abra um aplicativo qualquer e dê na mão de uma pessoa que nunca usou e em minutos ela estará operando perfeitamente. Esse é um dos pontos que considero como responsáveis pelo sucesso do iPad – não seria diferente, afinal o iPhone segue a mesma linha. A maneira de interagir, a portabilidade, a sensação de liberdade de poder usá-lo onde e como você quiser.

Eu falei de aplicativos? Bingo! Outro ponto! O que seria do iPhone sem a loja de aplicativos da Apple? Provavelmente o sucesso não seria o mesmo. Aplicativos baratos – muitos deles gratuitos, de milhares de funções diferentes e organizados em um único lugar ao alcance de poucos toques na tela. Genial! E aqui eu não vou falar de aplicativos não homologados. Sei que funcionam, mas não tive a experiência até agora.

Com certeza você achará um aplicativo útil (ou divertido). Seja para diversão (os 10 mais da App Store são jogos), estudo (estudantes de medicina e direito não precisam carregar quilos de apostilas) ou trabalho (empresas de tecnologia do mundo inteiro já apontam seus esforços para a portabilidade).

Ah, mas não tem câmera frontal para fazer videochamadas. E também não tem USB.

Pode ser um argumento, mas vamos olhar de outra maneira. A tecnologia de videochamada já existe há muito tempo, mas não está divulgada no Brasil. E na boa? Não sabemos como nossa rede vai se comportar com tal tráfego de dados. Ah, e claro, a pessoa do outro lado vai ter que ter um aparelho que seja compatível com esse recurso. Quantas pessoas você conhece que tem um aparelho desses? Em resumo, seria ótimo ter câmera no iPad, mas é totalmente desnecessário, pelo menos agora.

Tá, mas e a USB? Hum... USB? Para quê? Para conectar dispositivos? Pode ser... E qual dispositivo você vai querer conectar? Uma câmera (sempre ela)? O iPad tem Wi-Fi e Bluetooth. Já é possível conectar muita coisa através destes dois padrões. Impressoras, redes, etc.

Mas se isso for realmente imprescindível, fontes já citam que o iPad 2 já está no forno da Apple com câmera e entrada USB. A Apple é muito esperta.

Claro que ninguém realmente precisa de um iPad. Assim como ninguém precisa ter um celular MP10 ou uma câmera digital com zoom de 200X. Mas isso é o que a Apple faz. Ela cria a necessidade e o mercado vai atrás. Use um e me diga o que achou. Provavelmente irá gostar.

Em resumo: Se eu precisar editar detalhes de photos no photoshop, digitar um longo texto ou produzir uma vinheta musical complexa, vou puxar a cadeira e sentar na frente do desktop. Para praticamente todos os outros usos, o iPad resolve. Mais rápido, mais intuitivo, completamente portátil. Só vai custar muito caro quando chegar aqui... mas aí o problema é outro.

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Em tempo: Hoje, dia 20/10/10 Steve Jobs fez outra das suas. Lançou versões novas de softwares, uma prévia da nova versão do sistema operacional de seus micros, extendeu a tecnologia facetime (videochamadas entre micros/ipods/iphones) para os iMacs e lançou o novo MacBook Air. O notebook mais fino do mundo -> http://www.apple.com/br/macbookair/



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Será que trabalhar na Apple é legal? Assunto pra outro post...

3 comentários:

tatizanon disse...

Caramba, muitos e bons argumentos que convencem qualquer um a adquirir um iPad. Só quero ver a piada do preço que será lançado no Brasil. Como eu ainda não estou assim, digamos, "me consumindo" pelo iPad acho que vou esperar a próxima geração, de preferência com suporte ao idioma português. :P Brincadeirinha... e com certeza o iPad é uma versão melhorada do Netbook. Hehehe...

Bjs! :)

MM disse...

Tá certo...rs. O suporte ao idioma português deve ser lançado já agora em Novembro com a nova versão do sistema operacional. O único foda é que nenhum computador da Apple no Brasil vem com teclado adaptado. Pra fazer o "cê-cedilha" tem que apertar umas 3 teclas..rs.

Pô... eu tô ficando viciado na Apple..

Bj

tatizanon disse...

É, só falta você aderir ao iPhone, aí você vira um Applemaníaco :)