“Mundo moderno, marco malévolo, mesclando mentiras, modificando maneiras, mascarando maracutaias, majestoso manicômio.
Meu monólogo mostra mentiras, mazelas, misérias, massacres, miscigenação, morticínio – maior maldade mundial.
Madrugada, matuto magro, macrocéfalo, mastiga média morna. Monta matungo malhado munindo machado, martelo, mochila murcha, margeia mata maior.
Manhãzinha, move moinho, moendo macaxeira, mandioca. Meio-dia mata marreco, manjar melhorzinho. Meia-noite, mima mulherzinha mimosa, Maria morena, momento maravilha, motivação mútua, mas monocórdia mesmice.
Muitos migram, macilentos, maltrapilhos. Morarão modestamente, malocas metropolitanas, mocambos miseráveis. Menos moral, menos mantimentos, mais menosprezo. Metade morre...
Mundo maligno, misturando mendigos maltratados, menores metralhados, militares mandões, meretrizes, marafonas, mocinhas, meras meninas, mariposas mortificando-se moralmente. Modestas moças maculadas, mercenárias mulheres marcadas.
Mundo medíocre. Milionários montam mansões magníficas: melhor mármore, mobília mirabolante, máxima megalomania, mordomo, Mercedes, motorista, mãos… Magnatas manobrando milhões, mas maioria morre minguando. Moradia mei'água, menos, marquise.
Mundo maluco, máquina mortífera. Mundo moderno, melhore. Melhore mais, melhore muito, melhore mesmo!! Merecemos.
Maldito mundo moderno, mundinho merda.”
MM
Idéias, devaneios, perguntas, respostas, delírios, divagações. O direito de expressão conquistado e proibido ao mesmo tempo. A vontade de demolir o mundo e depois caminhar sobre a grama às 3 da tarde de uma quarta-feira de Novembro. Os sentimentos contraditórios causados pela visão de uma criança mendigando em um sinal de trânsito e o gosto de um café com pão e manteiga na casa da avó. E lá se vai mais um dia...
terça-feira, janeiro 12, 2010
Maldito Mundo Moderno - Chico Anysio
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