Jeremy finally spoke in Brazil!!!
por MM, em 02/12/2005 - Estádio do Pacaembu
por MM, em 02/12/2005 - Estádio do Pacaembu
originalmente postado em http://ricardobunnyman.sites.uol.com.br/
Ufa! Demorou um bom tempo! Quinze anos para ser mais exato. E olha que ainda teve emoções finais envolvendo a prefeitura de SP, a administração do estádio Pacaembu e a Associação dos Moradores, como vocês devem ter acompanhado por aí. Mas, enfim, Eddie Vedder, o baixista Jeff Ament, o baterista Matt Cameron (ex-Soundgarden) e os guitarristas Stone Gossard e Mike Mc Cready (além de um tecladista contratado) aportaram em terras brasilis para uma série de shows.
Sexta-feira, 2 de dezembro de 2005. Chuva, frio, trânsito, horário do rush. A típica combinação paulistana que nos obriga a ficar horas e horas presos nos carros, ônibus e escritórios.
Eu, paulista, 28 anos de casa, ainda caio na velha história do "vai dar tempo". Vou poupar os detalhes, mas o fato é que só consegui adentrar o Pacaembu quando Eddie Vedder já estava bem louco de vinho, bebendo direto da garrafa e pelo menos oito músicas do set list altamente mutável da banda já tinham sido executadas. Pena, pois queria ter ouvido "Go" e "Animal", ambas do álbum "Vs".
Sem contar que deixei de ver o Mudhoney, banda que tem como líder o vocalista Mark Arm, o verdadeiro responsável pelo surgimento daquele movimento em Seattle. Só como idéia, Stone Gossard e Jeff Ament, atuais guitarrista e baixista do Pearl Jam, foram da formação inicial do Mudhoney.
Ok, sem mais lamúrias. Primeira visão: A garôa insistia em cair, e umas trezentas pessoas se aglomeravam perante a entrada do Pacaembu tentado ver/ouvir algo.
Logo quando entrei, fiz questão de ver como estava a lotação do estádio, já que o Pearl Jam se recusa a tocar em lugares com mais de quarenta mil pessoas por questão de segurança. Arquibancada estava cheia mas, tranqüila. O gramado com um pouco mais de sua metade ocupada por fãs (fãs de verdade) da banda. Comparei com o último show que havia visto no Pacaembu, Iron Maiden em 2004 na turnê Dance of the Death (público de mais de 60 mil) e deu para perceber a diferença.
Dois telões laterais, uma torre no centro distribuindo o som que estava de boa qualidade. Ponto pra galera que acertou isso, pois shows em lugares abertos são um grande passo para um desespero de equalização.
Olhando para o palco, dava para ver o baterista Matt Cameron e só. Para ver o resto da banda o lance era ficar de olho no telão.
Quinze anos se passaram e Eddie ainda usa as velhas e surradas camisas de flanela que tanto fizeram moda na época grunge. Inúmeras delas espalhadas também pela galera.
Cabeludo, barbudo e bebaço, Eddie Vedder é um cara muito gente fina. Se esforçava para falar português a todo momento. E conseguiu pronunciar até umas frases completas.
Quando entrei, estavam nos acordes finais de "Do the Evolution" - uma das minhas preferidas - e emendaram em "Better Man" - outra preferida - que teve sua parte inicial cantada somente pelo público. Conversando com um e outro no gramado, percebi que já haviam se passado uma hora de show. SHIT!
A cada introdução de música, a galera gritava, fazia barulho, demonstrava pros caras o que eles perderam demorando tanto tempo para vir tocar aqui. E tome hit: "Alive", o primeiro e talvez o maior sucesso da banda.
Fim da primeira parte. E eu começava a me odiar por ter perdido o começo do show.
Voltando para o bis, Eddie Vedder aparece sentado num banquinho. Diz que sente falta de um amigo que morreu a pouco tempo. "Johnny... can you hear me, Johnny?".
Ele fala de Johnny Ramone, guitarrista dos Ramones morto em 2004, aos 55 anos devido a complicacões com um câncer de próstata. A primeira vez que Eddie Vedder esteve no Brasil foi junto com os Ramones, em mais uma turnê da banda do "one, two, three, four", em 1996.
Dedicou e tocou "Man of The Hour" num arranjo acústico para o amigo Ramone.
O Pearl Jam costuma lançar discos de todos os seus shows ao vivo, numa tentativa de conter a pirataria. São mais de 80, se você for procurar por aí. Num deles, eu ouvi a versão de "I Believe in Miracles" dos Ramones. E torci com toda a força para que não tocassem ela no Pacaembu. Você pode pegar qualquer música e tocá-la no estilo punk, mas nunca faça o contrário. O resultado é desastroso, maaaaaaas... esses camaradas de Seatle conseguiram me provar o contrário. Evocê pode confirmar ouvindo a versão que o Pearl Jam gravou no disco "Live At Benaroya Hall - October 22nd 2003". Claro, não foi na velocidade Ramoniana, mas Joey Ramone deve ter gritado um "Hey Ho! Let's go", onde quer que ele esteja.
E então vem mais uma das diversas músicas conhecidas das nossas FM's. "Last Kiss". Atenção: Não é uma música de amor bonitinha... tem um arranjo legal, quase brega, mas é bem triste viu? Gosto dela!!
Sem conseguir enxergar muito bem, me parece que houve uma troca de instrumentos antes de começarem "Rearviewmirror". Os caras estavam à vontade.
Fim do primeiro bis. Muito se falou que o set list do Pearl Jam muda de show para show. Privilégio de uma banda que já tem um bom tempo de estrada e uma coleção de hits na mala.
Dessa vez, Eddie volta, parece que lê um papel e diz em português que sempre ficavam surpresos por ver bandeiras do Brasil em todos os outros países que tocaram. Pede desculpas por não falar nosso idioma, mas que tentará se fazer entender. Falou que estavam realmente felizes de finalmente tocar aqui e que São Paulo é melhor que Seattle (o que será que ele falou no Rio??). Que irão tocar aqui de novo em dois ou três anos, talvez um, não em quinze como foi desta vez. Que está surpreso com a recepção maravilhosa de todos os "brasilians".
Beleza, galera ganha, vamos para a parte final.
"Save you" e chega a hora daquilo que boa parte do público que estava ali queria ouvir, a dupla "Black" - com direitos a isqueiros que eram apagados pela garoa que aumentava - e "Jeremy", única que foi cantada do começo ao fim por toda a arquibancada, ambas do álbum de estréia "Ten". Durante "Black" Eddie Vedder chegou a descer do palco e cantar no corredor entre a galera, para desespero dos seguranças. Ele sempre faz isso..
Como a multa acordada caso extrapolassem o horário era grande demais, encerraram com "Yellow LedBetter" às 21:30hs em ponto.
Em resumo, do pouco que vi, posso dizer que foi um puta show. Tocaram diversos sons conhecidos, estiveram junto com a galera (tem banda que parece que faz show pro espelho) e deixaram os fãs felizes. Talvez, se eles tivessem vindo na época de ouro do "grunge de Seattle", não lotariam todas as apresentações como foi o caso. Lembro que naquela época vi Nirvana (péssimo show), L7, Alice in Chains, etc. A concorrência era maior... Eddie Vedder, mesmo botando banca de "não sou do sistema, não me vendo", soube fazer muito bem. Do The Evolution!
MM tem 28 anos, escuta Pearl Jam há um bom tempo e reconhece que os camaradas de Seattle são a única banda "grande" que sobreviveu da moda grunge. Ah, e acha "Jeremy" ducacete, ainda mais porque é uma história real.
Set List
Go
Hail Hail
Cabeludo, barbudo e bebaço, Eddie Vedder é um cara muito gente fina. Se esforçava para falar português a todo momento. E conseguiu pronunciar até umas frases completas.
Quando entrei, estavam nos acordes finais de "Do the Evolution" - uma das minhas preferidas - e emendaram em "Better Man" - outra preferida - que teve sua parte inicial cantada somente pelo público. Conversando com um e outro no gramado, percebi que já haviam se passado uma hora de show. SHIT!
A cada introdução de música, a galera gritava, fazia barulho, demonstrava pros caras o que eles perderam demorando tanto tempo para vir tocar aqui. E tome hit: "Alive", o primeiro e talvez o maior sucesso da banda.
Fim da primeira parte. E eu começava a me odiar por ter perdido o começo do show.
Voltando para o bis, Eddie Vedder aparece sentado num banquinho. Diz que sente falta de um amigo que morreu a pouco tempo. "Johnny... can you hear me, Johnny?".
Ele fala de Johnny Ramone, guitarrista dos Ramones morto em 2004, aos 55 anos devido a complicacões com um câncer de próstata. A primeira vez que Eddie Vedder esteve no Brasil foi junto com os Ramones, em mais uma turnê da banda do "one, two, three, four", em 1996.
Dedicou e tocou "Man of The Hour" num arranjo acústico para o amigo Ramone.
O Pearl Jam costuma lançar discos de todos os seus shows ao vivo, numa tentativa de conter a pirataria. São mais de 80, se você for procurar por aí. Num deles, eu ouvi a versão de "I Believe in Miracles" dos Ramones. E torci com toda a força para que não tocassem ela no Pacaembu. Você pode pegar qualquer música e tocá-la no estilo punk, mas nunca faça o contrário. O resultado é desastroso, maaaaaaas... esses camaradas de Seatle conseguiram me provar o contrário. Evocê pode confirmar ouvindo a versão que o Pearl Jam gravou no disco "Live At Benaroya Hall - October 22nd 2003". Claro, não foi na velocidade Ramoniana, mas Joey Ramone deve ter gritado um "Hey Ho! Let's go", onde quer que ele esteja.
E então vem mais uma das diversas músicas conhecidas das nossas FM's. "Last Kiss". Atenção: Não é uma música de amor bonitinha... tem um arranjo legal, quase brega, mas é bem triste viu? Gosto dela!!
Sem conseguir enxergar muito bem, me parece que houve uma troca de instrumentos antes de começarem "Rearviewmirror". Os caras estavam à vontade.
Fim do primeiro bis. Muito se falou que o set list do Pearl Jam muda de show para show. Privilégio de uma banda que já tem um bom tempo de estrada e uma coleção de hits na mala.
Dessa vez, Eddie volta, parece que lê um papel e diz em português que sempre ficavam surpresos por ver bandeiras do Brasil em todos os outros países que tocaram. Pede desculpas por não falar nosso idioma, mas que tentará se fazer entender. Falou que estavam realmente felizes de finalmente tocar aqui e que São Paulo é melhor que Seattle (o que será que ele falou no Rio??). Que irão tocar aqui de novo em dois ou três anos, talvez um, não em quinze como foi desta vez. Que está surpreso com a recepção maravilhosa de todos os "brasilians".
Beleza, galera ganha, vamos para a parte final.
"Save you" e chega a hora daquilo que boa parte do público que estava ali queria ouvir, a dupla "Black" - com direitos a isqueiros que eram apagados pela garoa que aumentava - e "Jeremy", única que foi cantada do começo ao fim por toda a arquibancada, ambas do álbum de estréia "Ten". Durante "Black" Eddie Vedder chegou a descer do palco e cantar no corredor entre a galera, para desespero dos seguranças. Ele sempre faz isso..
Como a multa acordada caso extrapolassem o horário era grande demais, encerraram com "Yellow LedBetter" às 21:30hs em ponto.
Em resumo, do pouco que vi, posso dizer que foi um puta show. Tocaram diversos sons conhecidos, estiveram junto com a galera (tem banda que parece que faz show pro espelho) e deixaram os fãs felizes. Talvez, se eles tivessem vindo na época de ouro do "grunge de Seattle", não lotariam todas as apresentações como foi o caso. Lembro que naquela época vi Nirvana (péssimo show), L7, Alice in Chains, etc. A concorrência era maior... Eddie Vedder, mesmo botando banca de "não sou do sistema, não me vendo", soube fazer muito bem. Do The Evolution!
MM tem 28 anos, escuta Pearl Jam há um bom tempo e reconhece que os camaradas de Seattle são a única banda "grande" que sobreviveu da moda grunge. Ah, e acha "Jeremy" ducacete, ainda mais porque é uma história real.
Set List
Go
Hail Hail
Animal
Green Disease
Corduroy
Given to fly
Even Flow
Faithful
MFC
Porch
I got Id
Once
Glorified G
Do the evolution
Better man
Alive
1º Bis
Man of the hour
I believe in miracles
Last Kiss
No Lip
Rearviewmirror
2º bis
Save You
Black
Jeremy
Yellow Ledbetter
Green Disease
Corduroy
Given to fly
Even Flow
Faithful
MFC
Porch
I got Id
Once
Glorified G
Do the evolution
Better man
Alive
1º Bis
Man of the hour
I believe in miracles
Last Kiss
No Lip
Rearviewmirror
2º bis
Save You
Black
Jeremy
Yellow Ledbetter
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